Especialista na validação de identidade digital, a startup CAF terminou o ano de 2022 com o caixa positivo. A partir de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, sua sede, a empresa expandiu atividades para o principais centros do mundo (EUA, Inglaterra e Canadá) e concluiu o calendário com alta de 250% na receita, 80% no número de clientes e 50% no número de colaboradores. Ao todo, foram mais de 14 milhões de transações analisadas, totalizando a soma de R$ 587,6 milhões evitados em fraude.
Fundada em 2019, a CAF — anteriormente Combate à Fraude — é capitaneada por Darryl Green, CEO com mais de 20 anos de experiência no mercado de identidade digital. Ao lado dos cofundadores da Ethoca (Andre Edelbrock e Trevor Clarke), ele liderou no ano passado uma rodada série A de R$ 80 milhões para a startup — um ano descrito por Green como “transformador”.
Segundo a empresa, nos últimos três anos, o mercado de identidade digital cresceu de forma exponencial na América Latina, especialmente com a ascensão de fintechs e bancos digitais e o surgimento de criptomoedas e transações via blockchain. No mesmo ritmo deste desenvolvimento, porém, cresceu o número de fraudes, no vácuo da contínua inclusão de clientes aos sistemas. O Brasil, especificamente, é um caso preocupante: de janeiro a setembro, o país registrou uma tentativa de fraude a cada 8 segundos, de acordo com relatório do Serasa Experian.
Futuro e tendências no mercado de identidade
Para 2023, a CAF espera expandir sua presença no Brasil e impulsionar o crescimento nas principais praças internacionais. Mais do que um norte sistemático para a empresa, Green entende identidade como “uma moeda do futuro”, o que refletirá nos próximos investimentos do setor e no ritmo de inovação associado ao segmento.
O mercado de apostas esportivas também deve ser um ponto focal em 2023, com a expectativa de regulamentação do setor no Brasil e a contínua adesão popular ao serviço — hoje visto de forma mais positiva do que em outros anos.