A proximidade do início da Copa da Fifa de futebol e da Black Friday naturalmente anima consumidores e varejistas, mas também acende a luz amarela da cibersegurança. Especialmente, quando avaliamos a infraestrutura tecnológica das pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs), a situação é preocupante. Estudo feito pela Serasa Experian apontou que 34% das PMEs locais ainda não possuem uma solução antifraude. Essa falta de cobertura deixa empreendedores brasileiros e seus clientes ainda mais vulneráveis em tempos de grandes promoções no varejo.
“Quanto mais digitais os processos de vendas se tornam, maiores são os riscos de expor clientes e empresas aos golpes”, alerta Cleber Gênero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian. Apenas em agosto de 2022, foram mais de 351,7 mil tentativas de fraude no Brasil, segundo dados da companhia. Diante deste cenário, 31% dos empreendedores responderam à pesquisa que lidar com a sofisticação dos golpistas é um dos principais desafios dos negócios.
Os tipos de fraudes mais enfrentadas pelas empresas são roubo de identidade (38%), instalação de softwares maliciosos (35%), boletos bancários falsos (30%), roubo de cartões (25%) e fraude de estorno (24%).
Entretanto, o estudo mostra uma mudança de cenário e maior consciência dos empreendedores quando comparado ao ano passado, tendo em vista que 31% das PMEs já têm soluções antifraude. Dessas, 27% começaram a usar a partir do ano passado. O interesse de ter acesso à uma boa solução é de 51% dos negócios, que pretendem implantar serviços de consulta de CPF para verificar informações no momento das vendas.
A pesquisa ainda apontou que os empreendedores brasileiros estão esperançosos com possibilidade de aumentar as vendas com a chegada do final do ano, com 67% dos respondentes das PMEs declarando estar otimistas com as vendas atreladas às datas comemorativas do último bimestre.
Quase a totalidade dos entrevistados (97%) pretendem realizar investimentos para se prepararem para o período, sobretudo na área Comercial (60%) com ações de marketing e tecnologia para vendas, com destaque para marketplace e e-commerce.
